Quando a Igreja se estende compassivamente para os feridos, muitos vêm e encontram cura substancial no Corpo de Cristo. Gente quebrantada geralmente vê suas necessidades espirituais e volta-se para Deus ou para a Igreja em busca de ajuda. Quando sabem que o povo de Deus interessa-se genuinamente, quando os recebemos com as suas necessidades, quando eles vêem que realmente queremos amá-los e ajudá-los, eles vêm. A notícia corre rapidamente. A Igreja deve ser um lugar de cura para os que não são evangélicos. Se o nosso padrão é a encarnação de Cristo e a busca dos perdidos é a missão, precisamos encontrar meios de levar a misericórdia e as boas novas aos perdidos e necessitados. Nosso amor pelas almas deve acompanhar nossa paixão pela verdade.
Não basta ser culturalmente sensível ou até mesmo ter compaixão avassaladora pelos perdidos. Necessitamos de pastores que entendam os tempos e as normas bíblicas. Particularmente, precisamos de líderes evangélicos com uma profunda compreensão da idéia bíblica sobre a Igreja.
O pensamento eclesiológico sadio começa com a idéia cristológica. Parece óbvio, mas é um ponto que os evangélicos modernos parecem esquecer.
A Igreja com suas profundas raízes na doutrina de Cristo é teologia cristã fundamental. Karl Barth concorda: “A eclesiolologia recebe raízes firmes na obra reconciliadora de Deus em seu seu Filho”. Ele acrescenta que
“a questão cristológica não pode ser evitada”.Jurgen Moltmann junta-se ao coro eclesial cristocêntrico: ”Se Cristo é o fundamento da Igreja, a cristologia será o tema dominante da eclesiologia”.
Thielicke diz melhor:
“O fundamental da Igreja é a presença de Cristo”. Isto não é simples mesquinharia teológica nem apenas uma pressuposição sobre a qual se edifica uma prática eclesiástica maior. O fundamento e o centro de uma doutrina transformadora da Igreja de Cristo são a própria e real presença do seu Senhor. Apenas isso garante transcendência, uma dimensão sobrenatural que é precisamente o que as pessoas em nosso mundo procuram em todos os lugares errados.
O ministério pastoral em uma igreja suficientemente ativa para o século XXI será um ministério possuído, operado e habitado pelo Cristo vivo. Será um ministério que existe no poder sobrenatural e demonstra o poder do Evangelho para transformar vidas. Será o ministério que edifica a si mesmo a partir da eternidade.Toda forma de ministério recebera essa poderosa realidade onde quer que vá.
Jesus disse aos seus discipulos: Sem mim, nada podeis fazer.
(Teólogo e Pr. Sávio P. Carvalho)
segunda-feira, 8 de junho de 2009
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