No trabalho hermenêutica sobre a teologia da libertação, é trabalhada a teologia como uma reflexão crítica sobre a prática, mas tendo a Palavra de Deus como aquilo que daria luz sobre tal reflexão, em que segundo o texto, se usaria dois tipos de métodos para se realizar reflexões dentro da teologia da libertação.
Dentro desse esquema, teria um que se chamaria “esquema de Ver-Julgar-Agir”[1], em que se teria o ver, como uma análise da realidade, tendo o julgar, como um aprofundamento da teoria, e por fim, o julgar, como a interpretação teológica, fazendo também, uma mediação na prática pastoral, em que se refletiria sobre vários problemas levantados.
Tendo ainda, dentro da metodologia de teologia da libertação, o que se chamaria de Círculo hermenêutico, em que englobaria a experiência do que se consideraria o “não-teorico”[2], considerado como a questão da injustiça que as grandes massas sofrem na América Latina, tendo a suspeita ideológica como conseqüência da questão de quem vê que a situação de injustiça é muito difícil de ser superada, e neste contexto o teólogo faz o que se chama de “mediação sócio-analítica”[3], buscando nas ciências sociais um suporte para analisar a realidade em que se vive, fazendo uma reflexão sobre os resultados obtidos, e busca na luz da teologia da igreja, iluminar o processo histórico para chegar a uma compreensão, e através da tradição teológica, potencialidade para sustentação da realidade injusta. Tendo positivamente o reencontro com a Bíblia, e negativamente coloca essa Bíblia submetida a uma crítica ideológica, direcionando-a para ideologias dos poderes dominantes.
Dentro da experiência de injustiça da teologia da Libertação, segundo o texto, a teologia da Libertação irá encontrar seu ponto de surgimento na fé que acaba por confrontar a injustiça feita aos pobres, e tem seu encontro com o marxismo, justamente na residência da experiência da injustiça social, em que o marxismo mostra uma sensibilidade humana muito grande, e demonstra não se conformar com a questão da pobreza e da desigualdade social, e o encontro da teologia da libertação e do marxismo se dá “na prática entre duas tradições de pensamento, mas entre grupos de pessoas concretas dentro de situações históricas concretas”[4], tendo a teologia da libertação destacado a experiência de Deus com a massa dos pobres, e a teologia feito um esforço para sistematizar essa experiência, em que Deus viria ao encontro do mundo dos pobres. Em que Deus se encontraria na realidade do mundo, através da experiência com a pessoa humana, e provavelmente, a teologia da libertação se encontraria com o marxismo, na questão do contato real com a pobreza real da América Latina, e a questão da ênfase na pessoa humana e na sacralidade do mundo.
O teólogo e também os cristãos, ao terem contato com a injustiça feita aos pobres, despertam o que a teologia da libertação caracteriza como compromisso com a libertação, tendo como busca do compromisso em fazer alguma coisa para remediar a injustiça.
Além da questão da injustiça, temos a fé que inspira os cristãos, presente na teologia da Libertação, em que uma prática cristã e a fé, aparecem antes de qualquer reflexão teológica, e a espiritualidade acha um campo fundamental dentro da teologia da Libertação, em que essa teologia, nasceria de um encontro com Deus, baseado com uma forte espiritualidade, e em que essa teologia da libertação teria seus primeiros passos baseados na questão da espiritualidade.[5], sendo essa espiritualidade, uma questão de estilo de vida, ao qual o cristão se tornaria parte da filiação de Deus, como seu Pai. E a fé cristã é encontrada como elemento fundante da Teologia da Libertação, seguido do que seria o elemento fundamental para a fundamentação da Teologia da Libertação, que seria o amor.
A questão do amor dentro da Teologia da Libertação tem como base principal à característica da entrega e prática radical de morrer pelos outros, tendo esse amor como marco da fé cristã, em que comunidades se entregariam ao serviço em favor dos pobres, demonstrando um amor ativo, e tendo como motivo e estimulador da ajuda ao que mais necessita o destaque do movimento de amor pelo próximo, sendo que neste caso, esse 0elemento do amor, não está presente como característico do marxismo, pelo menos na questão dotada de qualquer motivação transcendente.
A prática dos teólogos estaria intimamente dividida em fazer a teologia a partir da pastoral da Igreja, a partir da práxis de grupos revolucionários, a partir da práxis da história ou a partir da práxi dos povos latinos americanos, em que a primeira prática estaria na pastoral eclesiástica, a segunda nos movimentos revolucionários, o terceiro na práxis política, e o quarto, na perspectiva histórico-cultural, em que o compromisso estaria ligado com as classes populares, com os pobres e com a libertação desses povos necessitados, o que veio de encontro com o marxismo, em que a teologia da libertação faria sua opção pelos pobres e pela massa sofredora do continente latino-americano, em que esse marxismo se encontraria com os propósitos cristãos, quanto ao que diz respeito à opção pelos pobres.
E essa opção, seria algo que não estaria sendo imposto, mas sim, como a vontade de se dispor a ajudar aquele que seria necessitado, sendo uma questão de humanidade, sendo que não seria algo que teria a influência externa, mas sim, seria uma decisão que se justificaria por si mesma.
[1] MUELLER, Ênio. Teologia da Libertação e Marxismo. Uma reflexão em busca de explicação. São Leopoldo: Sinodal. 1996. P 153
[2] Idem
[3] MUELLER, Ênio. Teologia da Libertação e Marxismo. Uma reflexão em busca da explicação. São Leopoldo: Sinodal. 1996. P 154
[4] MUELLER, Ênio. Teologia da Libertação e Marxismo. Uma reflexão em busca de explicação. São Leopoldo: Sinodal. 1996. P 157
[5] MUELLER, Ênio. Teologia da Libertação e Marxismo. Uma reflexão em busca de explicação. São Leopoldo: Sinodal. 1996. P 161
segunda-feira, 29 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Prisioneiros de Cristo: A Vocação Pastoral
Sentia-me compelido ao ministério cristão por duas questões sobrepostas e profundas.
De um lado, estava convencido de que o evangelho era o poder de Deus; e, de outro, sentia uma profunda preocupação pelas pessoas, para que conhecessem essa verdade transformadora.
Eu entendo esse fogo inescapável que vive em meu coração e se estabelece em meus ossos. Minha vocação, esse controle de minha alma, é o poder sustentador de meu ministério pastoral. O único motivo pelo qual permaneço no ministério é o chamado de Deus que controla a minha alma e não me deixa ir.
O ministério pastoral quer seja no primeiro quer no vigésimo primeiro século, exige de nós, que fomos capturados por Cristo para liderar o povo de Deus, que subamos ao altar como meio de vida. É um chamado para todo o povo de Deus, mas apenas experimentado pelos líderes cristãos, especialmente os pastores. Nosso ministério, como do apostolo Paulo é especialmente sacrificial e doloroso. Como muitos pastores, minha vocação para o ministério incluía uma ardente convicção de que o Evangelho é a resposta para as necessidades de todos os pecadores. Eu acho que a intensidade dessa convicção é, de fato, minha vocação para o pastorado. Aqui está a ironia de Deus: ser prisioneiro de Cristo é tornar-se verdadeiramente livre. Participar da marcha da morte de Jesus é, de fato, participar da própria vida divina.
Ouvi um pastor dizer certa vez que todos os servos de Deus têm uma “experiência no deserto”, como Moisés e os filhos de Israel. Em qualquer caso, lidar com corações humanos, inclusive o próprio, é difícil. Mas, quanto mais profunda a luta, mais doce à vitória. Somos prisioneiros de Cristo, o Senhor da vida e de sua Igreja. Marchamos em seu desfile, e sabemos para onde Ele vai. E de vez em quando, temos um vislumbre por cima do ombro e vemos companheiros prisioneiros que também nos sequem na marcha da vitória. Então, vale a pena.
Jesus disse aos seus discipulos: Sem mim, nada podeis fazer.
(Teólogo e Pr. Sávio P. Carvalho)
De um lado, estava convencido de que o evangelho era o poder de Deus; e, de outro, sentia uma profunda preocupação pelas pessoas, para que conhecessem essa verdade transformadora.
Eu entendo esse fogo inescapável que vive em meu coração e se estabelece em meus ossos. Minha vocação, esse controle de minha alma, é o poder sustentador de meu ministério pastoral. O único motivo pelo qual permaneço no ministério é o chamado de Deus que controla a minha alma e não me deixa ir.
O ministério pastoral quer seja no primeiro quer no vigésimo primeiro século, exige de nós, que fomos capturados por Cristo para liderar o povo de Deus, que subamos ao altar como meio de vida. É um chamado para todo o povo de Deus, mas apenas experimentado pelos líderes cristãos, especialmente os pastores. Nosso ministério, como do apostolo Paulo é especialmente sacrificial e doloroso. Como muitos pastores, minha vocação para o ministério incluía uma ardente convicção de que o Evangelho é a resposta para as necessidades de todos os pecadores. Eu acho que a intensidade dessa convicção é, de fato, minha vocação para o pastorado. Aqui está a ironia de Deus: ser prisioneiro de Cristo é tornar-se verdadeiramente livre. Participar da marcha da morte de Jesus é, de fato, participar da própria vida divina.
Ouvi um pastor dizer certa vez que todos os servos de Deus têm uma “experiência no deserto”, como Moisés e os filhos de Israel. Em qualquer caso, lidar com corações humanos, inclusive o próprio, é difícil. Mas, quanto mais profunda a luta, mais doce à vitória. Somos prisioneiros de Cristo, o Senhor da vida e de sua Igreja. Marchamos em seu desfile, e sabemos para onde Ele vai. E de vez em quando, temos um vislumbre por cima do ombro e vemos companheiros prisioneiros que também nos sequem na marcha da vitória. Então, vale a pena.
Jesus disse aos seus discipulos: Sem mim, nada podeis fazer.
(Teólogo e Pr. Sávio P. Carvalho)
segunda-feira, 8 de junho de 2009
A Questão da Eclesiologia
Quando a Igreja se estende compassivamente para os feridos, muitos vêm e encontram cura substancial no Corpo de Cristo. Gente quebrantada geralmente vê suas necessidades espirituais e volta-se para Deus ou para a Igreja em busca de ajuda. Quando sabem que o povo de Deus interessa-se genuinamente, quando os recebemos com as suas necessidades, quando eles vêem que realmente queremos amá-los e ajudá-los, eles vêm. A notícia corre rapidamente. A Igreja deve ser um lugar de cura para os que não são evangélicos. Se o nosso padrão é a encarnação de Cristo e a busca dos perdidos é a missão, precisamos encontrar meios de levar a misericórdia e as boas novas aos perdidos e necessitados. Nosso amor pelas almas deve acompanhar nossa paixão pela verdade.
Não basta ser culturalmente sensível ou até mesmo ter compaixão avassaladora pelos perdidos. Necessitamos de pastores que entendam os tempos e as normas bíblicas. Particularmente, precisamos de líderes evangélicos com uma profunda compreensão da idéia bíblica sobre a Igreja.
O pensamento eclesiológico sadio começa com a idéia cristológica. Parece óbvio, mas é um ponto que os evangélicos modernos parecem esquecer.
A Igreja com suas profundas raízes na doutrina de Cristo é teologia cristã fundamental. Karl Barth concorda: “A eclesiolologia recebe raízes firmes na obra reconciliadora de Deus em seu seu Filho”. Ele acrescenta que
“a questão cristológica não pode ser evitada”.Jurgen Moltmann junta-se ao coro eclesial cristocêntrico: ”Se Cristo é o fundamento da Igreja, a cristologia será o tema dominante da eclesiologia”.
Thielicke diz melhor:
“O fundamental da Igreja é a presença de Cristo”. Isto não é simples mesquinharia teológica nem apenas uma pressuposição sobre a qual se edifica uma prática eclesiástica maior. O fundamento e o centro de uma doutrina transformadora da Igreja de Cristo são a própria e real presença do seu Senhor. Apenas isso garante transcendência, uma dimensão sobrenatural que é precisamente o que as pessoas em nosso mundo procuram em todos os lugares errados.
O ministério pastoral em uma igreja suficientemente ativa para o século XXI será um ministério possuído, operado e habitado pelo Cristo vivo. Será um ministério que existe no poder sobrenatural e demonstra o poder do Evangelho para transformar vidas. Será o ministério que edifica a si mesmo a partir da eternidade.Toda forma de ministério recebera essa poderosa realidade onde quer que vá.
Jesus disse aos seus discipulos: Sem mim, nada podeis fazer.
(Teólogo e Pr. Sávio P. Carvalho)
Não basta ser culturalmente sensível ou até mesmo ter compaixão avassaladora pelos perdidos. Necessitamos de pastores que entendam os tempos e as normas bíblicas. Particularmente, precisamos de líderes evangélicos com uma profunda compreensão da idéia bíblica sobre a Igreja.
O pensamento eclesiológico sadio começa com a idéia cristológica. Parece óbvio, mas é um ponto que os evangélicos modernos parecem esquecer.
A Igreja com suas profundas raízes na doutrina de Cristo é teologia cristã fundamental. Karl Barth concorda: “A eclesiolologia recebe raízes firmes na obra reconciliadora de Deus em seu seu Filho”. Ele acrescenta que
“a questão cristológica não pode ser evitada”.Jurgen Moltmann junta-se ao coro eclesial cristocêntrico: ”Se Cristo é o fundamento da Igreja, a cristologia será o tema dominante da eclesiologia”.
Thielicke diz melhor:
“O fundamental da Igreja é a presença de Cristo”. Isto não é simples mesquinharia teológica nem apenas uma pressuposição sobre a qual se edifica uma prática eclesiástica maior. O fundamento e o centro de uma doutrina transformadora da Igreja de Cristo são a própria e real presença do seu Senhor. Apenas isso garante transcendência, uma dimensão sobrenatural que é precisamente o que as pessoas em nosso mundo procuram em todos os lugares errados.
O ministério pastoral em uma igreja suficientemente ativa para o século XXI será um ministério possuído, operado e habitado pelo Cristo vivo. Será um ministério que existe no poder sobrenatural e demonstra o poder do Evangelho para transformar vidas. Será o ministério que edifica a si mesmo a partir da eternidade.Toda forma de ministério recebera essa poderosa realidade onde quer que vá.
Jesus disse aos seus discipulos: Sem mim, nada podeis fazer.
(Teólogo e Pr. Sávio P. Carvalho)
segunda-feira, 1 de junho de 2009
DERRUBANDO OS GIGANTES
1 Sm 17.14-15
Todos que leram a Bíblia, conhecem ou já ouviram falar sobre a vida de Davi, e tem conhecimento de quanto ele próprio foi menosprezado pelos seus familiares, pelos seus inimigos, mas também, que ele possuía em si, um espírito diferente.
Na Palavra de Deus podemos ver que o povo de Israel, que entra em guerra com os filisteus, tinham um grande problema, que era um Gigante que lutava do lado de seus inimigo. (1 Sm 17.1-11)
Muitos temeram o gigante, e não quiseram guerrear com ele, mas quando Davi resolve guerrear, os seus menosprezam ele, e zombam. Mas Davi não vê somente o insulto que o gigante fazia, mas também o que ele ganharia para enfrentar aquele problema.
(1Sm 17.23-31)
E não somente isso, ma Davi também mostra seu valor, e seu espírito de coragem ao enfrentar aquele gigante. (1Sm 17.32-37)
E mesmo assim, aqueles que estavam ao redor de Davi, tentaram mostrar para ele o problema, e dizer que ele não era capaz de enfrentar aquele gigante.
(1Sm 17.38-39)
E pela orientação do Espírito, Davi escolhe pedras do ribeiro (1Sm 17.40), e não somente isso, além de escolher bem sua arma de guerra, ele vai em direção ao seu inimigo com a certeza da vitória (1Sm 46-47)
E depois disso, enfrenta o inimigo em Nome do Senhor, vence, e volta mostrando sua vitória para todos. (1Sm 48-54)
Davi enfrenta e vence sua batalha com coragem, e porque vai batalhar em Nome do Senhor.
Em (2 Tm 1.7-12) mostra que Deus nos deu um espírito de coragem, e se você enfrentar os gigantes que aparecerem em sua vida com coragem e em Nome de Jesus Cristo, a única coisa que eles vão fazer e recuar e serem derrotados.
Confie e enfrente seus gigantes e problemas com a certeza que Jesus Cristo está com você e guerreia por você, no momento em que você o chama para assumir sua luta.
Todos que leram a Bíblia, conhecem ou já ouviram falar sobre a vida de Davi, e tem conhecimento de quanto ele próprio foi menosprezado pelos seus familiares, pelos seus inimigos, mas também, que ele possuía em si, um espírito diferente.
Na Palavra de Deus podemos ver que o povo de Israel, que entra em guerra com os filisteus, tinham um grande problema, que era um Gigante que lutava do lado de seus inimigo. (1 Sm 17.1-11)
Muitos temeram o gigante, e não quiseram guerrear com ele, mas quando Davi resolve guerrear, os seus menosprezam ele, e zombam. Mas Davi não vê somente o insulto que o gigante fazia, mas também o que ele ganharia para enfrentar aquele problema.
(1Sm 17.23-31)
E não somente isso, ma Davi também mostra seu valor, e seu espírito de coragem ao enfrentar aquele gigante. (1Sm 17.32-37)
E mesmo assim, aqueles que estavam ao redor de Davi, tentaram mostrar para ele o problema, e dizer que ele não era capaz de enfrentar aquele gigante.
(1Sm 17.38-39)
E pela orientação do Espírito, Davi escolhe pedras do ribeiro (1Sm 17.40), e não somente isso, além de escolher bem sua arma de guerra, ele vai em direção ao seu inimigo com a certeza da vitória (1Sm 46-47)
E depois disso, enfrenta o inimigo em Nome do Senhor, vence, e volta mostrando sua vitória para todos. (1Sm 48-54)
Davi enfrenta e vence sua batalha com coragem, e porque vai batalhar em Nome do Senhor.
Em (2 Tm 1.7-12) mostra que Deus nos deu um espírito de coragem, e se você enfrentar os gigantes que aparecerem em sua vida com coragem e em Nome de Jesus Cristo, a única coisa que eles vão fazer e recuar e serem derrotados.
Confie e enfrente seus gigantes e problemas com a certeza que Jesus Cristo está com você e guerreia por você, no momento em que você o chama para assumir sua luta.
Assinar:
Postagens (Atom)